Com a chegada das férias de final de ano, aumenta o número de famílias que se organizam para viajar e levar cães e gatos. Para que esse período seja sinônimo de descanso e não de imprevistos, a Special Dog Company, com mais de 20 anos de experiência em nutrição de pets, reforça a importância do planejamento e da adoção de cuidados específicos antes, durante e após a viagem, garantindo a saúde e o bem-estar dos pets.
Antes de qualquer deslocamento, é indispensável avaliar se o animal está saudável e apto para a mudança de rotina. A recomendação é agendar uma consulta veterinária com antecedência para avaliação clínica, atualização do calendário vacinal, vermifugação e aplicação de produtos contra pulgas e carrapatos. Essas medidas reduzem significativamente o risco de doenças de pele, parasitoses e enfermidades transmitidas por vetores.
“Cada pet possui necessidades individuais. A consulta veterinária é fundamental para identificar possíveis riscos, orientar sobre medicamentos para enjoo ou controle do estresse e assegurar que a viagem ocorra de forma segura”, explica Katiani Silva Venturini, Coordenadora do Centro de Pesquisas da Special Dog Company.
Além dos cuidados com a saúde, o planejamento logístico é determinante. O tutor deve verificar as regras do meio de transporte escolhido, optar por hospedagens pet friendly e garantir que o animal esteja habituado aos acessórios que serão utilizados, como caixas de transporte, coleiras ou peitorais. A identificação também é indispensável: microchip e plaquinhas com informações de contato facilitam a localização do pet em caso de fuga.
Para viagens rodoviárias, é exigido atestado de saúde veterinário emitido até dez dias antes do embarque, além da carteira de vacinação atualizada, especialmente a vacina antirrábica. No transporte aéreo, as exigências variam conforme a companhia, incluindo padrões para caixas de transporte e formulários específicos. Já em viagens internacionais, é obrigatório o Certificado Veterinário Internacional (CVI), emitido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, conforme as normas sanitárias do país de destino.
Quando possível, o automóvel é considerado o meio mais confortável e seguro para trajetos longos, pois permite controle da temperatura e realização de paradas regulares. O ideal é interromper o percurso a cada duas ou três horas para que o pet possa se hidratar, alongar-se e realizar suas necessidades. Cães de pequeno porte e gatos devem ser transportados em caixas rígidas e ventiladas, enquanto cães maiores precisam utilizar cinto de segurança preso ao peitoral, nunca à coleira.
Durante o trajeto, a alimentação deve ser controlada. Recomenda-se evitar refeições volumosas antes da viagem e manter um jejum de aproximadamente quatro horas, reduzindo o risco de náuseas. A hidratação deve ser frequente, especialmente em dias quentes, e itens familiares, como mantas e brinquedos, ajudam a proporcionar conforto emocional e reduzir o estresse.
Ao chegar ao destino, o ambiente desconhecido pode representar riscos, como fugas, acidentes domésticos e contato com agentes infecciosos. A orientação é supervisionar o pet nos primeiros momentos, manter a rotina alimentar, evitar o acesso a áreas perigosas e garantir locais seguros para descanso, com sombra e água fresca. ”Ambientes novos exigem atenção redobrada. A adaptação deve ser gradual, sempre priorizando a segurança e o bem-estar do animal”, reforça Katiani.
Em alguns casos, no entanto, a melhor decisão pode ser não levar o pet na viagem. Animais idosos, com doenças crônicas, muito ansiosos ou sensíveis a mudanças podem sofrer com o deslocamento. Destinos pouco adequados, viagens longas ou internacionais complexas e a ausência de estrutura apropriada também devem ser considerados. Nesses cenários, alternativas como pet sitters, familiares, hotéis especializados ou creches com supervisão adequada são opções seguras, desde que avaliadas previamente.
Para a Special Dog Company, o principal recado aos tutores é a importância do planejamento antecipado, especialmente em períodos de alta demanda por transporte e hospedagem pet friendly. Antecipar decisões e respeitar as necessidades individuais dos pets são atitudes que garantem férias mais tranquilas para toda a família. “Viajar com responsabilidade é uma forma de cuidado. Quando o tutor se planeja, o pet aproveita o período de descanso com mais conforto, saúde e segurança”, conclui Katiani.