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Auto Acrefi aponta alta de 3,37% nos emplacamentos no acumulado do ano, mas inadimplência pressiona crédito automotivo
Estudo mostra ainda retração em agosto, queda de 16,38% nos preços dos elétricos e avanço das motocicletas, que já representam 40% das vendas
Por Administrador
Publicado em 16/09/2025 12:06
Mercado
Reprodução

No mês de agosto, o setor automotivo brasileiro registrou 213.838 emplacamentos, uma queda de 6,9% frente a julho e retração de 3% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2025, o mercado soma 1,57 milhão de unidades emplacadas, o que significa um crescimento de 3,37% na comparação com 2024. Além disso, os preços médios dos veículos novos recuaram 0,02% no período, os seminovos de até três anos caíram 0,36% e os usados com mais de quatro anos registraram alta de 0,18%, evidenciando movimentos distintos entre faixas de idade e tecnologia. Os dados fazem parte da nova edição do Auto Acrefi, monitor mensal de variação de preços e desempenho do setor divulgado pela Acrefi.
Apesar do avanço acumulado no ano, o levantamento também mostra que a inadimplência voltou a subir após o alívio do pós-pandemia, em meio ao recorde histórico de consumidores negativados no país e à maior cautela das instituições financeiras na concessão de crédito. De acordo com o estudo, milhares de propostas são recusadas não apenas por operações ruins, mas principalmente pela dúvida em um dos pilares da concessão – a loja, o carro ou o cliente – o que amplia a complexidade do mercado de financiamento. Neste sentido, é necessário avaliar em conjunto três pilares centrais para reduzir riscos de perdas efetivas: ponto de venda, veículo e tomador. 
A análise integrada desses fatores oferece maior segurança às operações, além de reforçar a importância de indicadores antecedentes na concessão de crédito. Na visão de Cintia Falcão, diretora executiva da Acrefi, é isso que permite antecipar fragilidades, evitar perdas e fortalecer a sustentabilidade do mercado, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador. “O crédito automotivo precisa estar apoiado em informações confiáveis e em uma análise completa de todos os elos da operação. Não se trata apenas de liberar recursos, mas de garantir que cada decisão seja sólida e sustentável. Só assim conseguimos ampliar a oferta de financiamento sem comprometer a qualidade das carteiras e a confiança do mercado”, pontua.

Preços expõem contrastes entre faixas de veículos e tecnologias
Os preços mostram comportamentos distintos conforme a idade e a tecnologia dos veículos. Em agosto, os 0 km recuaram 0,02%, os seminovos de até três anos caíram 0,36% e os usados com mais de quatro anos tiveram alta de 0,18%. O estudo também evidencia contrastes relevantes: híbridos acumulam valorização de 6,11% em 12 meses, enquanto elétricos recuaram 16,38%. Já os modelos a combustão caíram 3,67% no mesmo período, frente a uma inflação acumulada de 3,95%.
Esses números indicam que a transição tecnológica no setor ainda é marcada por assimetrias, com avanços em algumas frentes e retrações em outras, o que revela um mercado em fase de ajustes e redefinições. “Enquanto os híbridos ganham espaço e valorização, os elétricos enfrentam queda expressiva nos preços, refletindo ajustes de mercado e desafios de infraestrutura. Esse contraste deve pautar a estratégia de fabricantes, concessionárias e financiadores nos próximos meses”, afirma Cintia.

Elétricos perdem valor, enquanto híbridos seguem em valorização
O AutoAcrefi mostra que os veículos eletrificados apresentam trajetórias opostas no Brasil. Em agosto, os preços dos elétricos recuaram 0,32% e acumulam queda expressiva de 16,38% em 12 meses, refletindo tanto o excesso de oferta em alguns segmentos quanto os desafios estruturais de infraestrutura de recarga. Já os híbridos tiveram leve retração de 0,22% no mês, mas mantêm valorização de 6,11% no período de um ano, consolidando-se como alternativa de transição para consumidores e montadoras.
Para a executiva, esse contraste evidencia que a mobilidade sustentável não segue um caminho linear no país: “Os híbridos seguem se consolidando como a porta de entrada para a transição energética, combinando eficiência e aceitação do consumidor. Já os elétricos ainda enfrentam volatilidade de preços e desafios de adaptação, o que exige cautela na formulação de estratégias de crédito e de mercado”.

Motocicletas avançam como pilar do mercado
O mercado de motocicletas manteve fôlego em agosto. Foram 185.454 unidades emplacadas, queda de 3,99% ante julho, mas avanço de 13,1% em relação a agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, o setor já soma 1,4 milhão de unidades, alta de 12,3% em um ano. As motos representam cerca de 40% dos veículos vendidos no país, consolidando-se como um dos pilares da indústria. O desempenho reflete a preferência por alternativas mais acessíveis de mobilidade, além da expansão dos serviços de entrega e do uso das motocicletas em plataformas de transporte.
Entre as marcas que mais cresceram estão Dafra (+34%), Bajaj (+15%), Suzuki (+11%) e Mottu (+8%). A liderança segue com a Honda CG 160 (41.456 unidades), seguida pela Honda Biz 125 (21.493) e pela Honda Pop 110i (17.111). “As motocicletas se consolidaram como protagonistas da mobilidade urbana e do transporte de serviços, desempenhando um papel estratégico tanto para o trabalhador quanto para o consumidor final. Isso permitiu a manutenção da relevância mesmo em meio à restrição de crédito”, conclui Cintia.

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