A Renova Ecopeças, maior recicladora automotiva da América Latina, e empresa do Grupo Porto, vai iniciar em outubro as obras de ampliação de sua operação. A nova área – que será implementada no terreno vizinho à sede atual na Zona Oeste de São Paulo –, tem conclusão prevista para dezembro e começa a operar em janeiro de 2026.
A iniciativa é estratégica: além de atender ao crescimento orgânico da operação, a nova estrutura visa praticamente dobrar a capacidade do estoque nos próximos anos para diversificar ainda mais a disponibilidade de peças para atender as necessidades dos clientes. A ampliação vai aumentar também o espaço de atendimento ao cliente, a expedição, e o espaço para tratar resíduos.
“Este ano ultrapassaremos a marca de 3,1 mil veículos desmontados e devemos fechar 2026 com mais de 4 mil veículos, um novo recorde. Essa ampliação é o reflexo de um modelo de negócio eficiente, sustentável e que já provou sua viabilidade, mas, acima de tudo, visa aumentar o estoque de peças para atender nossos clientes”, afirma Daniel Morroni, diretor da Porto Serviço, unidade de negócio do Grupo Porto onde está inserida a Renova Ecopeças.
Desde sua fundação, em 2013, a empresa já desmontou mais de 30 mil veículos e reaproveitou mais de 1,1 milhão de peças. Hoje, cerca de 85% dos componentes de cada automóvel são reaproveitados, 10% reciclados e apenas 5% descartados de forma segura. Os itens mais vendidos são motores, câmbios, lataria e lanternagem, com metade das vendas para CPF e metade para empresas (CNPJs), como oficinas mecânicas, por exemplo.
Hoje, a empresa conta com um estoque com mais de 20 peças originais usadas de diversas marcas e modelos, que são comercializadas pelo whatsapp, site ou presencialmente. Todas as peças comercializadas são certificadas pelo Detran, o que garante rastreabilidade, segurança e conformidade legal. “A Renova se consolidou como benchmark no cumprimento da Lei do Desmonte. Nosso compromisso é oferecer soluções acessíveis, seguras e sustentáveis, que ampliem o acesso a peças de qualidade e fortaleçam a reciclagem automotiva no Brasil”, complementa Morroni.
A ampliação também representa uma resposta direta às oportunidades do setor. Apesar dos avanços, o Brasil ainda recicla apenas cerca de 3% dos veículos fora de circulação, enquanto países como Japão e EUA superam os 90%. Estima-se que mais de 1,5 milhão de veículos estejam estocados à espera de destinação adequada.