As faculdades de medicina no Brasil estão na vanguarda no uso de tecnologias realísticas para treinamento cirúrgico e procedimentos clínicos em geral. Centenas de cursos médicos passaram a adotar o primeiro simulador de ambulância do mundo para treinamento de equipes de emergências, além de diversos biomodelos sintéticos com alto grau de fidelidade para situações clínicas, cirúrgicas e exames.
As novas tecnologias de simulação, que incluem simuladores de cabeça e pescoço, de gravidez, de barriga ascítica, de intestino para colonoscopia, abdominal, braços e pernas e outros, além da própria ambulância simulada, foram desenvolvidas pela empresa brasileira Csanmek, especializada em simuladores para o ensino em saúde, e estão presentes em mais de 270 cursos de medicina espelhos pelos País.
Os biomodelos respeitam a localização anatômica da estrutura estudada, a textura e a estratigrafia tecidual humano. Contam com centenas de músculos, ossos, órgãos, veias e artérias substituíveis, todos feitos a partir de materiais que imitam as propriedades mecânicas, textura e densidade do tecido vivo.
A aquisição dessas tecnologias permite ampliar as horas de treinamento e aulas médicas, no sentido de formar profissionais bem mais preparados e alinhados à prática clínica. Desenvolvido com a mesma lógica dos simuladores de voo utilizados na aviação, o simulador de ambulância da Csanmek reproduz em detalhes o interior de um veículo de atendimento móvel, com todos os instrumentos presentes em uma ambulância real, e conta com uma base móvel que simula o deslocamento em ruas e avenidas.
A ambulância, por exemplo, é utilizada por cursos de medicina, enfermagem, hospitais, além de equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros, incluindo instituições como a Faminas e a Estácio de Sá. As demais soluções de simulação, com órgãos, partes do corpo cadáveres sintéticos inteiros estão presentes nos maiores grupos educacionais do País no segmento de saúde, incluindo a São Leopoldo Mandic e até a própria Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
“No caso do simulador da ambulância, o objetivo é proporcionar um ambiente controlado, mas realístico, para que os alunos e profissionais possam treinar o atendimento a pacientes críticos em contexto pré-hospitalar, com foco em tomada de decisão, gestão e trabalho em equipe”, explica Claudio Santana, CEO da Csanmek.
Outra solução são as plataformas digitais 3D com inteligência artificial, que funcionam como uma mesa touch screen que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano, para treinamento de cirurgias e dissecações virtuais. Trazem sistemas que convertem exames clínicos em clones digitais e possuem conexão com impressoras 3D para impressão de órgãos e músculos.