Offline
Publicidade
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/148529/slider/7bfd17b9156cacd355150fa1bfe64315.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/148529/slider/892860f7f0e91ad7b45ac5005a07c6d7.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/148529/slider/d117ded633dc476dac23dccb896f3297.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/148529/slider/37c2aeb497872abcdbfc34805200ba28.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/148529/slider/f22f571a9ec7e5fc601178d57b948414.jpg
Violência no trânsito cresce no brasil e mortes de motociclistas disparam, aponta atlas da violência 2025
Comemoradas em julho, as datas dedicadas a motoristas e motociclistas expõem cenário crítico: aumento de sinistros e vulnerabilidade crescente sobre duas rodas
Por Administrador
Publicado em 11/07/2025 12:09
Mobilidade
Reprodução - Cepa Mobility

O número de mortes no trânsito brasileiro voltou a crescer, acendendo um alerta para a segurança nas vias, especialmente entre os motociclistas. É o que revela o Atlas da Violência 2025, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
De 2010 a 2019, foram 392 mil mortes no trânsito em todo o Brasil — um crescimento de 13,5% em relação à década anterior. Mesmo com campanhas internacionais como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes no país aumentou 2,3%. Os dados mais recentes (2020–2023) mantêm a tendência preocupante.
Um dos principais fatores relacionados ao aumento na mortalidade de trânsito no Brasil são as mortes de usuários de motocicletas, que cresceram mais de 10 vezes nos últimos 30 anos, de acordo com o relatório. “Isso se deve em grande parte ao aumento da frota de motocicletas sem o investimento proporcional em infraestrutura e gestão do trânsito, falta de fiscalização e, principalmente, o despreparo do motociclista, sem a devida educação para o trânsito”, explicou o gerente de capacitação e treinamentos da CEPA Mobility Brasil, Diogo Figueiredo.
Diogo também fala sobre o uso da moto para o trabalho e sobre as medidas efetivas que poderiam ser adotadas para reduzir a violência no trânsito. “O uso da moto para o trabalho aumenta significativamente a circulação e a exposição diária dos motociclistas ao risco, porque cria maior pressão por agilidade e cumprimento de prazos, incentivando comportamentos perigosos, como o excesso de velocidade e as manobras arriscadas. Para evitar essa situação, é preciso ampliar campanhas educativas focadas nos motociclistas e incentivar programas de formação e reciclagem. Outra coisa, é os governos aumentarem o investimento em infraestrutura segura e vias adequadas bem como a fiscalização e aplicação rigorosa da lei”.
 
Datas comemorativas e políticas públicas
As celebrações do Dia do Motorista, 25 de julho e do Dia do Motociclista, 27 de julho, deveriam reforçar o compromisso com políticas públicas para a segurança no trânsito. No entanto, o cenário atual aponta na direção contrária. De acordo com o Atlas da Violência, nos últimos anos, os recursos destinados à segurança viária sofreram cortes significativos, comprometendo investimentos em infraestrutura e ações preventivas.
A redução da Cide-Combustíveis (MP nº 1163/2023) impactou diretamente os investimentos em transporte. Também houve queda expressiva na aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset), que, embora arrecadado via multas, tem sido subutilizado para finalidades ligadas ao trânsito. Soma-se a isso a extinção do seguro DPVAT, que indenizava vítimas e financiava atendimentos no SUS. A tentativa de substituição pelo SPVAT foi revogada antes mesmo de sua vigência (Lei Complementar nº 211/2024), deixando um vácuo de proteção social.
O resultado é um contexto de falta de priorização institucional do tema, com impactos diretos na mortalidade nas vias brasileiras, especialmente entre os motociclistas, que são as maiores vítimas dos sinistros.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!