Entre 2017 e 2024, o transporte por aplicativos e táxis passou por uma transformação marcante na Região Sudeste, especialmente em São Paulo. Segundo levantamento do Metrô, o número de viagens nesses modais cresceu 137% na capital paulista, sinalizando uma mudança nos hábitos de mobilidade e o fortalecimento da lógica sob demanda nas grandes cidades.
“Essa estatística é o ponto de partida para entendermos como a mobilidade vem se integrando à dinâmica urbana e transformando a forma como nos deslocamos. Mais do que um aumento nas corridas, há uma mudança estrutural, impulsionada por soluções digitais, urbanização acelerada e pela busca por alternativas mais eficientes”, comenta Vinícius do Valle, coordenador de Marketing da Gaudium.
Dados do Data Gaudium reforçam essa tendência. Em São Paulo, a taxa de conversão — proporção entre corridas solicitadas e realizadas — chega a 93,14%. A cidade também lidera em valor movimentado, reflexo de seu elevado PIB e da alta densidade urbana.
Outras capitais do Sudeste seguem a mesma linha. No Rio de Janeiro, a taxa de conversão é de 91,38%, com forte participação no volume financeiro. Em Belo Horizonte, o índice é de 85,56%, demonstrando um mercado em expansão. Já Vitória, no Espírito Santo, surpreende com 88,72% de conversão e grande eficiência logística, impulsionada pela urbanização e pelo PIB acima da média estadual.
A consolidação dos aplicativos como eixo da mobilidade urbana não é o único destaque. A tecnologia também exerce um papel crescente na gestão do setor. Ferramentas como a Machine — software que serve de base para as principais empresas de mobilidade urbana regional do país — têm sido fundamentais para entender padrões de deslocamento, prever picos de demanda e orientar estratégias operacionais.
“A mobilidade urbana deixou de ser apenas sobre deslocamento. Ela reflete as transformações sociais, econômicas e tecnológicas pelas quais nossas cidades estão passando. O crescimento das corridas por aplicativo é o retrato desse novo jeito de viver”, conclui Valle.